domingo, 12 de maio de 2013

Essa estória de estar sempre presente sufoca o ideal do eu poético, que precisa de tempos em tempos sair de cena, para depois voltar em grande estilo. Pois só assim se cria aquele certo anseio de se achar nos perdidos da vida. Desaparecer, espairecer e reaparecer, três verbos que tornam a vida humana menos medíocre.
É que as vezes, o peito ,de certa maneira escarnecido ,precisa daquilo que se chama de trancamento. Trancar,chavear vedar e jogar a chave fora, afim de que um dia alguém acerte a fechadura. De peito aberto só anda quem tem amor.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Feeling

Talvez essa tal rudeza fática
de meus versos
cause em teus orgãos internos
uma tal de malemolência

Mas desculpe,
é apenas um reflexo empático
que do teu fitar
me cala a boca
mas não os versos.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Homeopatético

Fustigado o meu peito
apelo às palavras
Que em pequenas dosagens homeopáticas
vão curando a vastidão
da ferida da alma