terça-feira, 25 de junho de 2013

Dízima periódica

É que o matemático
Um dia desses,
cansado de seu mundo
          retido
Pela precisão de seus cálculos

Calculou o sentir.
Num papel pequeno com sentimento incalculável
E sem a calculadora
Dividiu o sentir pelo sentimento
E como resultado:

Descobriu, em primeiro momento
Uma certa certeza de que sentia algo, antes da vírgula
Mas concluiu, chegando a conclusão alguma
Que depois da vírgula, o sentir era
Uma verdadeira dízima periódica...