Assim segue.
Procura o perdido
que restou naquele olhar.
Aquele que em gestos
fugidios, tímidos e harmoniosos
em sua busca se consolidou.
As mãos gélidas.
O peito disparado,
que agora tortura-se,
toma dimensão tamanha...
comparada a uma infinidade universal
E não se suporta ali,
entre átrios e ventrículos.
Se exige mais.
E o silêncio toma conta,
como uma expressão da desordem
contida na mente.
E para , e sente, e dói, e anda
e silencia... mas não consegue!
De uma veemência insólita
que do fôlego lhe parte
procura mais uma vez o perdido.
E ama o perdido
tal como quem enxerga o horizonte, prevendo eternidade.
Absorto, sutil e melancólico.
Assim segue... condoído.
Carrega o deleite e a aflição
que agora o inteira. Já é noite.
Dessa forma suspira,
E auspicioso espera que a alvorada
um dia ainda o leve
em ondas vermelhas.