quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Ondas vermelhas

Assim segue.
Procura o perdido
que restou naquele olhar.
Aquele que em gestos
fugidios, tímidos e harmoniosos
em sua busca se consolidou. 

As mãos gélidas.
O peito disparado,
que agora tortura-se,
toma dimensão tamanha...
comparada a uma infinidade universal
E não se suporta ali, entre átrios e ventrículos.

Se exige mais.
E o silêncio toma conta,
como uma expressão da desordem
contida na mente.
E para , e sente, e dói, e anda
e silencia... mas não consegue!

De uma veemência insólita
que do fôlego lhe parte
procura mais uma vez o perdido.
E ama o perdido
tal como quem enxerga o horizonte, prevendo eternidade.

Absorto, sutil e melancólico.
Assim segue... condoído.  
Carrega o deleite e a aflição
que agora o inteira. Já é noite.

Dessa forma suspira,
E auspicioso espera que a alvorada
um dia ainda o leve

em ondas vermelhas. 

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