Puxou o fôlego e apurou de sua memória poucas e
vívidas lembranças. As recordações táteis e sensações insólitas lhe deram o ar
de revivescência, não este ar que se encontra na atmosfera, não qualquer ar,
mas aquele que, realmente, lho fazia respirar. Era um ar assim, de gosto e de cheiro,
palpável e visível, que lhe permitia respirar momentos de sua lembrança e em insana consciência viver o momento pretérito, ali e agora, e projetar
na tela de seu consciente, ou melhor, desconsciente, todos instantes
intensamente vividos e saudosamente inacabados. Soltou o fôlego, respirou o ar,
agora atmosférico, e prosseguiu os passos. O Presente lhe chama.
sou seu fã
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