segunda-feira, 1 de abril de 2013

Sinal fechado


João parou o carro. Cerrando os olhos na movimentada avenida, sentiu no corpo a pulsação saltitante de seu peito intumescido. À sua volta, um estranho mundo a girar , não viu razão para tantas palavras, gritos e ruídos. Por um momento desligou-se, buscando no silêncio o amadurecer de sua existência. E mal sabia este, que era o silêncio o seu sossego. Que era o silêncio a mais estrondosa expressão de si. Voltou à realidade, o sinal abrira. João seguiu em frente com a vida, porém agora, emudecido.

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